Você já ficou um minuto inteiro olhando para uma tela onde estava escrito apenas: “Carregando…”? Não consegue assistir um episódio inteiro de uma série sem travar? Está sempre reclamando que a sua internet está lenta?
Essas são situações extremamente comuns, que geram bastante irritação e frustração. Em geral, a culpa recai sobre o provedor de internet: achamos que o serviço está ruim ou que nosso plano não é suficiente. Mas, na verdade, para tudo funcionar bem, é preciso ter uma combinação de:
1. Plano de internet adequado ao perfil de uso.
2. Roteador adequado ao perfil de uso, ao cenário e ao plano de internet.
3. Dispositivos (celular, TV, tablet, etc) com tecnologia capaz de aproveitar o máximo da rede.
Neste post, vamos nos concentrar no segundo ponto e entender como o roteador e a conexão wireless influenciam na qualidade da sua navegação na internet. Confira!
Antes de tudo, é importante entender a dinâmica da conexão com a internet. Muita gente confunde a velocidade da internet com a velocidade da conexão wireless – mas são coisas diferentes. Então vamos ver como é que isso tudo funciona.
Pense no exemplo de uma rede doméstica comum. Primeiro, é preciso contratar o serviço de internet de um provedor. Você escolhe um pacote com velocidade de 100 Mbps (ou 100 mega), por exemplo. Depois, o técnico vai até a sua casa e instala a infraestrutura necessária para estabelecer a conexão com a internet. Uma das formas mais comuns de fazer isso é por meio de cabeamento e de um equipamento chamado modem, cuja função é converter e transmitir os dados recebidos por meio da rede de fibra óptica ou coaxial.
Pronto! Para ter acesso à internet, basta conectar o cabo do modem ao seu computador, seja um desktop, seja um notebook. Mas sabemos que ninguém mais utiliza a internet apenas no computador, não é?
Smartphones, smart TVs, tablets, videogames e outros dispositivos móveis também dependem de internet, mas não dá para conectar todos eles ao modem por cabo. Para isso, temos a conexão wireless – que significa “sem fio”. No entanto, seguindo o nosso exemplo, a velocidade dela não é a mesma de 100 Mbps que você contratou no provedor. Veja a seguir o por quê.
Como mencionamos anteriormente, o termo wireless se refere a qualquer conexão sem fio entre dois ou mais dispositivos. Nela, a transmissão de dados ocorre por meio de ondas de rádio ou por infravermelho. Essa tecnologia não necessariamente está relacionada à internet. A conexão entre aparelhos walkie-talkies, por exemplo, é wireless. A conexão bluetooth também é um tipo bastante conhecido e utilizado hoje. Mas, quando se fala em internet, a tecnologia wireless amplamente utilizada é a Wi-Fi. Por isso, muitas vezes os termos são utilizados quase como sinônimos.
Wi-Fi é uma marca registrada da Wi-Fi Alliance que acabou se popularizando como nome da conexão sem fios que segue o padrão IEEE 802.11. Trata-se de uma conexão wireless do tipo WLAN (Wireless Local Area Network), uma rede de área local sem fio. A transmissão dos dados é feita via ondas de rádio, variando de acordo com diversos fatores.
O Wi-Fi evoluiu ao longo dos anos, melhorando alcance, velocidade e compatibilidade entre dispositivos. O padrão mais avançado no mercado até agora é chamado Wi-Fi 6, também conhecido como 802.11ax. No entanto, o mais popular atualmente é o Wi-Fi 5, também chamado de 802.11ac.
Assim, a tecnologia Wi-Fi é o que permite conectar os dispositivos compatíveis com esse tipo de conexão à internet, como celulares, tablets e televisores. Mas para isso, é necessário ter um roteador Wi-Fi.
Simplificando, o roteador Wi-Fi é um equipamento que possibilita uma conexão sem fio a partir de uma conexão por cabo com a internet, como a instalada pelo provedor na sua casa. Conectado ao modem, por exemplo, ele serve para transformar os dados recebidos pelos cabos da rede em ondas eletromagnéticas. Com isso, cria um sinal sem fio para transmitir dados por meio de rádios Wi-Fi – ou “pelo ar”, como é costume dizer.
Escolher um roteador de qualidade é o primeiro passo para garantir uma conexão wireless rápida e estável. A performance de um roteador é determinada por:
O padrão Wi-Fi tem relação direta com as capacidades da rede wireless do roteador. Ao observar isso em um produto, já podemos deduzir alguns pontos sobre sua performance em geral.
Os modelos dual-band, como é o caso da maioria dos roteadores residenciais Wi-Fi 5 (802.11ac), tem pelo menos dois rádios Wi-Fi que operam nas faixas de frequência 2,4 GHz (até 300 Mbps) e 5 GHz (até 867 Mbps). Eles proporcionam maior velocidade de transmissão de dados. Esse é o arranjo mais popular, também conhecido como “AC 1200”. No entanto, há produtos que são “AC 750”, “AC1350”, “AC1900”, entre outros.
Tudo depende do arranjo de hardware escolhido para o produto. Roteadores de gerações anteriores, como o Wi-Fi 4 (802.11n), por exemplo, utilizam apenas um rádio 2,4GHz.
Para quem busca agilidade e não quer ver o sinal ‘travar’, o recomendado são roteadores com velocidade de transmissão acima dos 300 Mbps. “Também é recomendado utilizar roteadores com tecnologia Wi-Fi 5 ou superior, pois assim os dispositivos podem usar a rede 5 GHz para conexão. Geralmente essa frequência tem menos interferências e, por ter maior velocidade disponível e tecnologias como MU-MIMO, permitem trafegar mais dados em tempos menores. Isso só é possível se os dispositivos que são conectados na rede também possuírem tecnologia compatível com o roteador”, afirma Alex Johansson, Analista de Produtos e Negócios do segmento Redes Home & Office da Intelbras.
É a máxima intensidade de sinal que o rádio Wi-Fi – componente localizado no interior do roteador – consegue entregar para a antena. A potência de saída é medida em dBm. Quanto maior, mais potente é o roteador e o sinal Wi-Fi é propagado para distâncias maiores. Ou seja: maior a área de cobertura.
No entanto, outros fatores influenciam nessa conta. A área de cobertura depende basicamente da potência E.I.R.P., calculada a partir da soma da potência de saída dos rádios Wi-Fi com o ganho das antenas. Veja mais detalhes no tópico abaixo.
Vale observar que isso não é o único fator determinante para a qualidade da conexão, uma uma vez que outros fatores, como interferências, podem degradar severamente a performance.
Elas são projetadas para radiar o sinal Wi-Fi uniformemente em todas as direções. Assim, propagam o sinal pela casa e garantem a conexão com o roteador.
A potência real do roteador é a soma da potência de saída do rádio com o ganho da antena, o que é chamado de potência E.I.R.P. Por exemplo: um roteador tem rádio com 17dBm de potência de saída ligado a uma antena de 5dBi, logo sua potência E.I.R.P. é 17dBm + 5dBi = 22dBm. Essas informações podem ser obtidas nas especificações do produto.
A combinação entre a potência do rádio e o ganho das antenas é uma decisão do fabricante para que seja explorado o máximo benefício do arranjo de hardware do produto. Na grande maioria dos roteadores não há, por exemplo, como substituir as antenas por outras com maior ganho. Isso parece ser “atraente”, julgando que a área de cobertura será teoricamente aumentada uma vez que o valor da potência E.I.R.P. aumenta, mas não é uma verdade absoluta. Além disso, a potência dos produtos é regulamentada pela ANATEL, então, não se deve realizar tentativas de aumento de forma indiscriminada.
Como vimos, a área de cobertura é determinada basicamente pela potência E.I.R.P. do produto. O sinal Wi-Fi se propaga em ondas no “formato de pizza”. Por isso é importante tentar posicionar o roteador no centro da residência para ter o melhor aproveitamento. Se ele for posicionado no canto da casa, por exemplo, parte do sinal será propagado para o vizinho ou para a rua.
Tecnologias como a Beamforming ajudam a direcionar melhor o sinal para os dispositivos conectados. Além disso, se a casa for muito grande, soluções como as redes mesh são as mais indicadas.
São portas para conexão através de cabo de rede, que podem ser Fast Ethernet ou Gigabit Ethernet. O primeiro é mais antigo e suporta velocidades de até 100Mbps. O segundo atinge velocidades de até 1 Gbps.
Assim, se um produto tem portas Fast, mas o plano é de 200 Mbps, por exemplo, não é possível distribuir toda essa velocidade na rede, pois a porta está limitada a 100 Mbps.
Se a sua internet estiver lenta, não é uma boa ideia culpar logo de cara o provedor ou operadora ou achar que seu plano não está dando conta da sua necessidade.
Isso porque, como vimos, a velocidade da conexão wireless – pela qual você acessa a internet na maioria dos dispositivos – é diferente da velocidade de acesso à internet, ou seja: a velocidade do pacote contratado. Então, é importante verificar como está o desempenho do seu roteador antes de mudar de pacote de internet.
Se o seu aparelho não estiver conectado diretamente ao modem, a velocidade da internet será determinada, em primeiro lugar, pela performance do roteador – mas também por outros fatores como tamanho da sua casa, barreiras físicas e número de dispositivos conectados.
Mas atenção: ao contrário do que muitas pessoas acreditam, o roteador wireless não influencia diretamente no aumento na velocidade da internet. Ele nunca conseguirá entregar uma velocidade maior do que o pacote de dados contratado. Por isso, para ter o máximo desempenho, é preciso também garantir que a velocidade do aparelho seja compatível com a velocidade da banda larga contratada.
Como vimos, um roteador de qualidade faz toda a diferença na velocidade de conexão wireless. Então, adquirir um aparelho que atenda às suas necessidades é crucial. Se você quiser ajuda para fazer a melhor escolha, leia o post: Qual o melhor roteador? Saiba como escolher o ideal para sua casa.
Há outros fatores que também impactam muito na qualidade do sinal Wi-Fi, por isso é importante escolher um bom local para instalar o roteador. As barreiras físicas, como paredes grossas e móveis grandes, diminuem o alcance e velocidade da rede Wi-Fi. Alguns objetos, como equipamentos bluetooth e aparelhos de micro-ondas geram interferências. Aquários e espelhos também impactam na propagação de ondas eletromagnéticas.
Então, o ideal é posicionar o roteador em um local alto, amplo e centralizado, ou então mais próximo de onde você mais utiliza os aparelhos móveis. Em apartamentos, por exemplo, a sala de estar e os corredores são locais mais indicados. Assim, o roteador tem espaço para ampliar sua área de cobertura.
Muitas pessoas querem ‘esconder’ o aparelho ou instalá-lo em estantes ou em um cômodo afastado. Desta forma, o alcance do sinal é prejudicado devido as barreiras mencionadas anteriormente.
Quando não é possível instalar em um local central, uma saída é investir em soluções mesh, assim é possível distribuir módulos na residência para conseguir a melhor performance.
Outro fator que interfere na velocidade de transmissão é o número de dispositivos que serão conectados ao roteador wireless. Quanto mais notebooks, smartphones, smart TVs, tablets e outros aparelhos estiverem utilizando a rede Wi-Fi, maiores as chances de haver instabilidade e lentidão na conexão wireless.
Há algumas formas de potencializar a rede para atender mais dispositivos, como veremos no tópico a seguir. Mas, em casos extremos, pode ser interessante aumentar o plano de internet. Se nenhum dos dois for possível, desconectar aparelhos e limitar o uso é a solução para estabilizar a velocidade da rede.
Também é importante ficar atento à compatibilidade dos dispositivos conectados. Não adianta ter o roteador top de linha, com Wi-Fi 5 e super potente, se o seu smartphone, por exemplo, não for compatível com esta tecnologia. Então, cheque qual é a capacidade dos aparelhos antes.
Além de um roteador mais potente, há outras opções para melhorar a qualidade e o alcance do sinal Wi-Fi. Isso pode ser necessário em casas muito grandes, com mais de um andar, ou locais com muitas interferências.
Fundada em 1994, a Nataltel é revendedora autorizada da Intelbras no estado do Rio Grande do Norte e referência em produtos e serviços nas áreas de segurança, telecomunicações e redes.
Especializada em centrais telefônicas para empresas e condomínios, cabeamento estruturado, câmeras e sistemas de monitoramento.